Acesso universal, prevenção e atendimento precoce. Estes são os três pilares que fazem do SOL – Saúde Oral em Lisboa uma resposta inovadora. Desde agosto de 2019 que o serviço odontopediátrico da Misericórdia de Lisboa tem vindo a dar às crianças e jovens da cidade mais motivos para sorrir, assumindo-se, cada vez mais, como um complemento ao Serviço Nacional de Saúde (SNS).
Para o diretor clínico e coordenador do SOL, André Brandão de Almeida, a escassez de respostas públicas deixa demasiadas pessoas sem acesso a cuidados de saúde oral, afetando, sobretudo, “os grupos mais pobres e marginalizados da sociedade”.
O objetivo do SOL passa por disseminar o conceito de saúde oral como um direito, através de uma abordagem com ênfase na atenção precoce, na prevenção da doença e na criação de hábitos saudáveis.
Ao longo destes três anos, o serviço tem vindo a mudar o paradigma da saúde oral em Portugal, nomeadamente pela capacidade que tem de garantir o acesso à saúde oral a todas as crianças e jovens, independentemente da sua condição económica ou social, no uso de equipamentos de vanguarda e na aliança entre educação, literacia e investigação.
A investigação é uma parte fundamental do caráter inovador do SOL. Os clínicos deste serviço, além da componente assistencial (consultas), têm tempo semanal alocado à pesquisa e realização de trabalhos científicos.
Além disso, o futuro passa por continuar a apostar em outras áreas importantes da saúde oral, como a nutrição ou a terapia da fala, e continuar a solidificar o núcleo de investigação e pesquisa para que se possa não só ter melhores práticas clínicas, mas também a partilha dos protocolos e resultados.